sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

MARY MONTEIRO QUITES



Esta página é dedicada a minha mãe

MARY MONTEIRO QUITES

Músicas de minha autoria
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1. Pódio
Na voz de Maria Tereza Leopardi e arranjo de Neto Fernandes

Minha mãe faleceu em 2004, aos 87 anos de idade. Meses antes, ela fizera um poema de despedida! 

Embora já tivesse dificuldades para escrever, inclusive para se expressar, mesmo assim, Mary escreveu e me entregou a primeira versão de seu poema assim (depois ela o modificou várias vezes):


Primeira versão do poema de Mary Monteiro Quites, 
com a inteligência e a caligrafia dos seus 87 anos!
Nota: "Shade!" (ela escreveu assim no 6° verso). "Schade" significa "que pena!" em alemão. Minha mãe não falava alemão, mas sabia algumas palavras, porque morou alguns meses comigo na Alemanha. Ela não percebeu a confusão com os idiomas.

Na época, todos nós achamos o poema muito melancólico, lúgubre. Não compreendemos a sua realidade delicada e penosa!

Ela deve ter pensado e repensado muito o seu poema, naquelas horas em que se ensimesmava. Poucos dias mais tarde, ela ditou para o André (meu sobrinho) uma versão mais elaborada, então com o título de PÓDIO.

Musiquei este poeminha alguns meses depois de seu falecimento. A música, cantada pela Tetê, ficou assim...

Ouçam!


Para descarregar (fazer download), CLIQUE AQUI.

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Texto de Mary Monteiro Quites e música de A. Quites

Pódio
por Mary Monteiro Quites
(2004)

No pódio da minha vida 
 Três medalhas eu ganhei 
Affonso a quem tanto amei, 
Os filhos que desejei, 
Os netos que aqui deixei. 

Fui feliz! 

Obrigada, meu Deus! 
Sim, fui amada e muito amei. 
Aos que, com carinho, me cuidaram... 
... adeus!
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Mary
por Almir Monteiro Quites 
(escrito no dia do falecimento da minha mãe) 


Tinhas apenas vinte e cinco aninhos 
quando, feliz, me “brotaste” na vida.
Juntos, seguimos por nossos caminhos, 
até o dia da tua partida. 

Expressaste um adeus em cada verso, 
com a arte da tua mocidade. 
 Então te desfizeste no universo, 
como perfume que deixa saudade! 

Apesar de que tudo passa enfim, 
hoje sinto que estás dentro de mim, 
como filho, herdei a tua essência. 

Se consigo escrever com poesia, 
é porque tenho tua parceria, 
para assim abrandar a tua ausência.


......==_________________________==......


Mary, aos 25 anos

Minha mãe nasceu no dia 13 de setembro de 1916 e faleceu em 2004. Ela foi excelente desenhista, poetiza, cantora, violinista, atriz, professora de História etc. 


Esta foto tem a minha idade. Minha irmã me enviou. Lembro-me ainda desta blusinha peluda branca, da qual minha mãe gostava tanto.

Lembro de um pequeno vídeo, feito por conhecido produtor da TV Globo, no qual ela — já idosa — representou um personagem de uma novela da época. Todos se impressionavam com o desempenho dela, que encarnou perfeitamente o personagem. Onde será que está aquele vídeo? 

Reconheço em mim muito do que veio dela.


O tempo, este produtor de saudades, tocou-me agora!


E, por falar em saudade, ofereço aqui uma estrofe de um poema que minha mãe escreveu quando era uma mocinha de 17 anos (foi publicado no jornal "A Razão", da cidade de Santa Maria, RGS). 


O poema tem 4 estrofes, mas só me lembro desta e com ela fiz a música reproduzida abaixo. Repito esta estrofe com diferentes melodias. 


Desfrutem:

🍀 Esta palavra saudade...
🌿 Aquele que a inventou, 
   🌱 à primeira vez que a disse,
🌿 com certeza que chorou!

    💎 Mary Flores Monteiro 💎 
(Nota: nome de solteira)

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Texto de Mary Monteiro Quites e música de A. Quites

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